segunda-feira, 13 de abril de 2009

Plano de Estágio Supervisionado

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIA HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM HISTÓRIA



Estagiária: Beatriz dos Santos de Oliveira Feitosa
Matrícula: 2009/3079
Orientador: Prof. Dr. Fernando Tadeu de Miranda Borges
Supervisora: Thereza Marta Borges Presotti









PLANO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO















Cuiabá –MT
Abril/2009
CURSO: História
DISCIPLINA: Prática de Pesquisa
CARGA HORÁRIA: 60 horas
PROFESSORA DA DISCIPLINA: Dr.(a)Thereza Martha Borges Presotti
PROFESSOR ORIENTADOR: Dr. Fernando Tadeu de Miranda Borges
SÉRIE: 4º
SEMESTRE: 7º Semestre
ANO LETIVO: 2009




JUSTIFICATIVA:
O enfoque central da disciplina será a discussão do papel da prática de pesquisa na construção do conhecimento elaborado pelo historiador, neste sentido justifico o estágio como uma atividade de cooperação no decorrer desse processo.[1] O desenvolvimento do estudo se dará com temas e textos selecionados que instiguem o aluno a refletir o significado de “ Pesquisa como Ação”, a partir das relações com o passado, fundamentadas em novos pressupostos opostos aos ideais positivistas, por exemplo, que se sustentam em novas formas de se olhar, pensar e produzir a História[2]. A ênfase recairá sobre a pesquisa histórica. Os alunos deverão experienciar a elaboração e intervenção prática nos espaços onde se principia a pesquisa, prática esta que relacionada às leituras específicas acerca do tema de estudos, deverá contribuir para a elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso (Projeto de Pesquisa, Monografia, Artigo, ou Instrumento de Pesquisa).

EMENTA:
Elaboração de um trabalho de conclusão de curso em forma de Monografia, Projeto, Artigo ou Instrumento de Pesquisa, com base em documentação histórica manuscrita, impressa, iconográfica e bibliográfica, com vistas a instrumentalizar os alunos no universo da pesquisa histórica.[3] ,

OBJETIVO GERAL:
Os alunos durante o curso deverão compreender:
a) A pesquisa como “Ação”, questão nodal de todo processo de construção do saber histórico;
b) A Prática da Pesquisa, como resultado de um complexo trabalho humano interativo-coletivo – um espaço de discussões, conflitos intelectuais, informações, emoções, desejos e interesses;
c) Discutir as várias fases da pesquisa histórica fundamentadas em instrumentos teóricos, metodológicos e técnicos para a realização da investigação, na perspectiva da História enquanto ciência.[4]
d) Contribuir para a formação de profissionais imbuídos da percepção e compreensão do mundo atual, de maneira que contribuam para a ação mobilizadora de implementação de políticas e ações voltadas à preservação do patrimônio histórico e artístico-nacional. [5]

AMBIENTE DE ESTÁGIO

Na sala de aula, no Arquivo Público de Mato Grosso, no NDIHR, e em outros espaços onde a Prática de Pesquisa possa ser exercitada.

METODOLOGIA

- Aula expositiva dialogada;
- Leitura dirigida de textos;
- Debates acerca dos textos sugeridos para as aulas;
- Seminários em sala de aula;
- IV Seminário de Prática de Pesquisa;
- Visitas a arquivos;
- Análise de documentação histórica.

CRONOGRAMA

12/03 – Apresentação
19/03 – Regulamentações do TCC/ O Regimento e o Manual / Normas da ABNT.
26/03 – Aula expositiva sobre o texto: FÉLIX, Liva Otero. Pesquisando memórias, construindo História. In: História e Memória. A problemática da pesquisa.
02/04 – Término da discussão do texto e apresentação dos formatos do TCC.
09/04 – Oficinas com Monografias, projetos e artigos.Organização de grupos para exposição de seminários.
16/04- Seminários sobre Fontes Históricas.
23/04- Palestra com a representante do Arquivo Público.
30/04 – Oficina de Prática de Pesquisa no Arquivo Público de Mato Grosso (APMT).
07/05 – Oficina de Prática de Pesquisa no NDIHR.
14/05 – Oficina de Prática de Pesquisa no Museu Rondon.
21/05 - Discussão de textos: referências bibliográficas. Exercícios: como elaborar resumos de artigos e capítulos de livros.
28/05 – Discussão de textos. Apresentação do projeto de pesquisa em andamento por parte da aluna estagiária e discussão com os alunos sobre seus respectivos projetos.
04/06 – Discussão de textos. Fontes impressas. Utilização de ficha-modelo para obtenção de coleta de dados.
18/06 – Discussão de textos. Fontes orais.
25/06 – Reconhecimento dos aspectos formais e metodológicos de uma obra bibliográfica.
02/07 – Exercícios em sala a partir do levantamento documental realizado nos arquivos. Utilização de ficha-modelo.
09/07 – Discussão de textos.
Set/2009 – Participação como membro de banca no IV Seminário de Prática de Pesquisa


BIBLIOGRAFIA DE APOIO



ALVES, Judith Alda. A “revisão da bibliografia” em teses e dissertações: meus tipos inesquecíveis. Cadernos de Pesquisa. São Pauo, n. 81, p.53-60, maio de 1992.

BARROS, José D’Assunção. O Campo da História: Especialidades e Abordagens. Petrópolis: Vozes, 2004.

CARDOSO, Ciro Flamarion. Uma introdução à História. Brasiliense, 1986.

DAUMARD, Adelina; BALHANA, Altiva Pilatti e outros. História Social do Brasil. Teoria e metodologia. Curitiba: editora da UFPR, 1984.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: perspectiva, 1996.

FÉLIX, Liva Otero. História & Memória. A Problemática da Pesquisa. Passo Fundo:Ediupf, 1998.

GRAF, Márcia Elisa de Campos. Fontes para o estudo da família escrava no Brasil. In: Anais do IV Encontra Nacional de Estudos Populacionais. ABEP, vol. I, São Paulo.

HALBAWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. S.I: Ed. Vértice.

JENKIS, Keith. A História Repensada. São Paulo: contexto. 2001.

NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. Revista projeto História, São Paulo, n. 10.

MATOS, Maria Izilda Santos de. Na Trama do Cotidiano. In: Cadernos CERU, n.5,série,2, 1994.

MAIHY, José Carlos S. Manual de História Oral. São Paulo: Loyola, 1996.

MOURA, Maria Lucia Dseildl e FERREIRA, Maria Cristina. Projetos de Pesquisa. Elaboração, redação e apresentação. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2005.

PERARO, Maria Adenir e BORGES, Fernando T. de Miranda (Orgs.) Mulheres e Famílias no Brasil. Cuiabá: Carlini & Caniato, 2005.

PAIVA, Eduardo França. Discussão sobre fontes de pesquisa histórica: os testamentos coloniais. In:LHP. Revista de História, n. 04, 1993/1994.

PINSK, Carla Bassanezi (Org.). Fontes Históricas. São Paulo: contexto, 2006.

SILVA, Kalina Vanderlei e SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo:contexto, 2005.

SILVA, Zélia Lopes da (Org.). Arquivos, Patrimônio e Memória. Trajetórias e Perspectiva. São Paulo: EdUNESP/FAPESP, 1999.





BIBLIOGRAFIA DO PROJETO

BRAY, Silvio Carlos; FERREIRA,Enéas Rente; RUAS, Davi Guilherme Gaspar. “As Políticas da Agroindústria Canavieira e o Proálcool no Brasil”. Marília, Unesp-Marília-Publicações, 2000.
CHARTIER, Roger.“A história cultural: entre práticas e representações”. Lisboa Rio de Janeiro, DIFEL Bertran Brasil, 1990.
COSTA, Dermeval Pereira da. “Um diagnóstico acerca das transformações recentes na agricultura brasileira: o caso da Usina Jaciara S/A”. Mimeo.
FIABANI, Adelmir. " Mato, Palhoça e Pilão: o quilombo. Da escravidão às comunidades remanescentes (1532-2004)". São Paulo: Expressão Popular, 2005
FOWERAKER, Joe. “A luta pela terra – a economia política da fronteira pioneira no Brasil de 1930 aos dia atuais”. Rio de Janeiro:Zahar, 1982.
FREIRE, Júlio De Lamonica. Por uma Poética Popular da Arquitetura. Cuiabá:EdUFMT, 1997.
GUIMARÃES, Carlos Magno. " Mineração, quilombos e Palmares: Minas Gerais no Século XVIII". In: REIS, J.J. & GOMES, Flávio dos Santos. (Org.) Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Tradução de Irene Ferreira. Campina:Editora da Unicamp, 1996.
LENHARO, Alcir. “Crise e Mudança na Frente de Colonização”. NDIHR-UFMT, Cuiabá-MT, 1982.
MARTINS, José de Souza. Fronteira. A degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec, 1997.
MONBEIG, Pierre. Os pioneiros. In: Pioneiros e fazendeiros de São Paulo. São Paulo: Hucitec-Polis, 1984. p. 139 – 164.
MOURA, Clóvis. "Quilombos: resistência e escravismo". 3. ed. São Paulo: Ática, 1993.
MULLER, Geraldo. “Cem anos de República: notas sobre as transformações estruturais do campo”. In: Revista de estudos avançados, v.03,n.07, São Paulo, USP/ICA: set/dez, 1989.
NASCIMENTO, Flávio Antônio da Silva. “Aceleração Temporal na Fronteira: estudo do caso de Rondonópolis-MT”. Tese de doutorado, São Paulo: História/FFSCH/USP, 1997, p.01 a 25.
PALMEIRA, Moacir. “Modernização, Estado e Questão Agrária”. In: Revista de Estudos Avançados. São Paulo (USP) IEA. Set/Dez. v.03,n. 07,p..87. 1989.
PEREIRA, Benedito Dias. MATO GROSSO - Principais eixos viários e a modernização da agricultura. Cuiabá: EdUFMT, 2007.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
PRADO Jr., Caio. “História Econômica do Brasil”. Brasiliense, São Paulo, 43 ed. 1998.
Programa Brasil Quilombola. Brasília, 2005
SWAIN, Tânia Navarro. Fronteiras do Paraná: da colonização à migração. Brasília: Universidade de Brasília, 1988.
VOLPATO, Luiza Rios Ricci. “A Conquista da Terra no Universo da Pobreza”. São Paulo:Hucitec, 1987.
WAIBEL, Léo. As zonas pioneiras do Brasil. In: ___________. Capítulos de geografia tropical e do Brasil. 2ª Ed., Rio de janeiro: FIBGE, 1979. p. 279-311.
WILLIMS, Raymnond. O Campo e a Cidade. Na História e na Literatura. Tradução de Paulo Henrique Brito. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
WIRTH, Louis. O fenômeno Urbano. 4ª. Ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979.





Cuiabá, ___/___/_____.



Assinatura do Orientador Assinatura da Estagiária


Assinatura da Supervisora
[1] A prática do estágio docência no nível de pós-graduação stricto-sensu, é sustentado no que se refere à questão legislativa por uma resolução de nível nacional (resolução CÒNSUNI 005/2001) e de nível estadual (resolução do Consepe n. 5 de 28/01/2008), que dizem respeito às atividades de ensino na instituição, sob a supervisão do orientador.
[2] FÉLIX, Loiva Otero. Pesquisando Memórias, construindo História. In: História e Memória: a problemática da pesquisa. Passo Fundo:ediupf, 1999. A autora discute os novos caminhos para a produção historiográfica, os novos procedimentos no campo da História em relação ao passado, questionamentos envolvendo o que a autora chama de referentes a classes subalternas além de preocupação com tem as como: democracia, estudos referentes a mulheres, negros, meio ambiente.
[3] A ementa aqui apresentada consta no plano de ensino da prof.(a) Thereza Martha Pressotti, visto que o trabalho do estagiário não é independente e se constitui muito mais numa atividade complementar que deve auxiliar na prática do docente em sala de aula.
[4] Objetivo consta no plano de ensino da professora supervisora.
[5] Idem.

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