No dia do segundo turno das eleições presidenciais (de 2002) o presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que "a democracia está consolidada no Brasil", enquanto Luta assegurava: "Quero ficar na história como o preside3nte que mais dialogou com empresários, sindicalistas e com todas as forças políticas". Ao fazer tal afirmação, o candidato praticamente eleito confirmava e completava a frase do presidente em que predominam a argumentação e o compromisso. Sugiro, entretanto, que as elições de 2002 significam mais do que a consolidação da democracia no Brasil: Indicam que o Brasil está passando da democracia de elites para a democracia de opinião pública.
( Adaptado de BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. www.bresserperira.org.br.)
ATIVIDADE AVALIATIVA
Valor: 3,0
As questões a seguir poderão ser respondidas a partir do texto referente ao capítulo 24 (A Democracia Consolidada), do livro "História e Vida Integrada" de autoria de Nelson Piletti, Claudino Piletti e Thiago Tremonte.
Você deverá clicar em comentários, em seguida colocar seu nome, número e série.
As questões não precisam ser respondidas em ordem, desde que estejam numeradas corretamente.
QUESTÕES:
1)Comente a respeito dos pontos que achou mais interessantes em relação ao governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).
2) Luiz Inácio Lula da Silva (LULA) foi o primeiro operário a ocupar o cargo de presidente da República brasileira. A partir do que foi estudado aponte algumas mudanças pelas quais o país passou durante o seu mandato.
3) A reeleição de Lula em 2006 refletiu sua forte popularidade. Na sua opinião quais foram os motivos que levaram Lula a ganhar as eleições por dois mandatos consecutivos?
4) Fale brevemente a respeito das mudanças culturais ocorridas durante o período estudado.
BOM TRABALHO MEUS CAROS!
A História é uma área do conhecimento em constante processo de transformação, afinal "O tempo não para", e conforme se movimenta nos modifica sempre. Esse é o sentido da vida, perceber o movimento e não ficar alheio a ele. Ciência que nos ajuda a ter consciência de nossa condição de sujeitos históricos, nos permite indignar, com o preconceito e a intolerância contra a diversidade. Por meio da História entendemos nossa condição humana, na relação temporal que nos modifica tão maravilhosamente.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
A DEMOCRACIA CONSOLIDADA - Atividade Avaliativa para o 9º Ano "A"
Local: Sonora, MS, Brasil
Sonora, MS - Brasil
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Para refletir nossas práticas
Recebi este texto por e-mail de um amigo e achei interessante compartilhar, sobretudo porque os discursos ambientais andam tão em voga mas, na prática poucos estão dispostos a abrir mão do conforto em nome da preservação do planeta. É sempre bom refletir a respeito deste assunto.
DESABAFO
"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”
O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "
"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas Descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escoLa, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(Agora que voce já leu o desabafo, envie para os seus amigos, e especial para os que têm mais de 40 anos de idade.)
DESABAFO
"Na fila do supermercado o caixa diz uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”
O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente. "
"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas Descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plastico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escoLa, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(Agora que voce já leu o desabafo, envie para os seus amigos, e especial para os que têm mais de 40 anos de idade.)
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
O SONHO - Clarice Lispector
O sonho
Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.
Clarice Lispector
domingo, 16 de outubro de 2011
Tema: Reforma Religiosa. Turmas: 1º "A" ,"B" ,"C", "D","E". Sinopse do filme "Lutero" e proposta de atividades.
Lutero — breve sinopse
Disponível em: http://www.ccmn.ufrj.br/extensao/material/SEE_historia_69_120.pdf
(Luther), Alemanha e EUA, 2003, Eric Till.
Duração: 112 minutos
Após quase ser atingido por um raio, Martim Lutero (interpretado pelo ator Joseph Fiennes) acredita ter sido alvo de um chamado divino. Ele se retira para um monastério, mas logo se vê atormentado pelas práticas mercantis adotadas pela Igreja Católica à época.
Então, prega suas 95 teses protestantes nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg, envolvendo-se numa disputa teológica em razão da qual passa a ser perseguido. Pressionado para que se redima publicamente, Lutero torna-se insubmisso e desafia a Igreja a comprovar que as suas teses contrariavam a Bíblia.
Excomungado, foge e inicia a luta por seus ideais religiosos.
PROPOSTA DE ATIVIDADES (postar em comentários):
1. Como você resumiria o fi lme Lutero?
2. De quais seqüências você mais gostou? Por quê?
3. Explique por que Lutero se insurge contra as práticas da Igreja.
4. O que eram as indulgências? Cite duas.
5. Descreva três itens importantes das 95 teses de Lutero contra a Igreja Católica
6. De acordo com o fi lme, quais foram as principais personagens da Reforma?
7. Por que os adeptos das idéias de Lutero passaram a ser chamados de protestantes?
Disponível em: http://www.ccmn.ufrj.br/extensao/material/SEE_historia_69_120.pdf
(Luther), Alemanha e EUA, 2003, Eric Till.
Duração: 112 minutos
Após quase ser atingido por um raio, Martim Lutero (interpretado pelo ator Joseph Fiennes) acredita ter sido alvo de um chamado divino. Ele se retira para um monastério, mas logo se vê atormentado pelas práticas mercantis adotadas pela Igreja Católica à época.
Então, prega suas 95 teses protestantes nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg, envolvendo-se numa disputa teológica em razão da qual passa a ser perseguido. Pressionado para que se redima publicamente, Lutero torna-se insubmisso e desafia a Igreja a comprovar que as suas teses contrariavam a Bíblia.
Excomungado, foge e inicia a luta por seus ideais religiosos.
PROPOSTA DE ATIVIDADES (postar em comentários):
1. Como você resumiria o fi lme Lutero?
2. De quais seqüências você mais gostou? Por quê?
3. Explique por que Lutero se insurge contra as práticas da Igreja.
4. O que eram as indulgências? Cite duas.
5. Descreva três itens importantes das 95 teses de Lutero contra a Igreja Católica
6. De acordo com o fi lme, quais foram as principais personagens da Reforma?
7. Por que os adeptos das idéias de Lutero passaram a ser chamados de protestantes?
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História,
Reforma Religiosa
Local: Sonora, MS, Brasil
Sonora, MS
Atividade cultural - 3º "A" e "B"
Espaço destinado a postagem da atividade cultural produzida pelos grupos, referente aos temas de seminários que serão trabalhados ao longo do 4º bimestre.
Bom trabalho, meus caros!
Bom trabalho, meus caros!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Protesto
Um milhão de pessoas na Avenida Paulista pela demissão de toda a classe política (ainda sem data marcada) .
Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas - mas não dizem quais despesas - mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;
2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)?
6. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?
7. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais, se não for possível acabar com elas.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder...
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.
18. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;
19. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
20. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
21. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
22. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.
23. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.
24. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.
25. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e demais partidos políticos.
26.REVER imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileilros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados.
27. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).
28. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.
29. Acabar com as mordomias (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustivel, segurança ,etc.
30. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salario mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família. O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.
31- Juízes - terminar com as férias de 90 (noventa) dias, passando para 30 dias, fazendo com esses tenham os direitos iguais aos demais trabalhadores, deixando de serem uma classe diferenciada e alheia aos problemas do Brasil.
Ao "povo", pede-se o reencaminhamento
deste protesto.
Se tiver mais algum item, favor acrescentar
''O QUE ME INCOMODA NÃO É O GRITO DOS MAUS, E SIM, O SILÊNCIO DOS BONS'' (Martin Luther King)
Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas - mas não dizem quais despesas - mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;
2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)?
6. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?
7. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais, se não for possível acabar com elas.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder...
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.
18. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;
19. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
20. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
21. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
22. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.
23. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.
24. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.
25. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e demais partidos políticos.
26.REVER imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileilros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados.
27. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).
28. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.
29. Acabar com as mordomias (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustivel, segurança ,etc.
30. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salario mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família. O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.
31- Juízes - terminar com as férias de 90 (noventa) dias, passando para 30 dias, fazendo com esses tenham os direitos iguais aos demais trabalhadores, deixando de serem uma classe diferenciada e alheia aos problemas do Brasil.
Ao "povo", pede-se o reencaminhamento
deste protesto.
Se tiver mais algum item, favor acrescentar
''O QUE ME INCOMODA NÃO É O GRITO DOS MAUS, E SIM, O SILÊNCIO DOS BONS'' (Martin Luther King)
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A HORA DO ESTUDANTE
Programa semanal de atividades educacionais e de entretenimento.
Vai ao ar pela Rádio FM Cidade 87,9 nos sábados das 15:00 às 17:00 horas.
Vai ao ar pela Rádio FM Cidade 87,9 nos sábados das 15:00 às 17:00 horas.
Rayane e José - Locutores do Programa
Lucas Girardi - Declamou poesia no dia 17/09
Professora Bia - Coordenadora do Programa
João Paulo: Declamou poesia no dia 17/09
Felipe: Sonoplasta
Alex, Felipe, José, Bia, Lucas, Rayane e Renata
Marcadores:
Educação e Entretenimento
Local: Sonora, MS, Brasil
Sonora - MS, Brasil
Reflexões sobre o trabalho no corte da cana-de-açúcar
ImagemI: Trabalhadores no corte da cana.
Fotografado por Beatriz dos Santos de Oliveira Feitosa em setembro de 2010.
Esta imagem contraria a ideologia que diz que quem acumulou riquezas o fez graças ao seu trabalho. Provavelmente esse trabalhador jamais se tornará um grande proprietário de terras, no entanto, desempenha uma das funções que mais trabalho humano emprega. Nesta imagem o trabalhador chega a ser confundido com a paisagem na qual desenvolve o trabalho que lhe garante uma subsistência de privações se comparada ao latifundiário dono da terra, que vive dos lucros que o desempenho do trabalhador proporciona.
Historicamente, no Brasil, o trabalhador é contratado para empreender uma atividade que só garante sua existência a partir de um esforço que beira os limites do humano, pois de acordo com um grupo de cortadores de cana que entrevistei por ocasião da produção de minha dissertação de mestrado, a quantidade de cana a ser cortada para obter um salário razoável, varia de 250 a 300 metros diários, tendo trabalhadores que chegam a cortar 600 metros por dia, o que equivale a praticamente 10 toneladas de cana cortada.
Quando esse trabalhador vê na precária condição de vida que leva, uma responsabilidade apenas sua, podemos dizer que este, além de ser vítima do que Bourdieu chamou de “violência simbólica”, é vitimizado por uma exploração que não pode ser vista apenas como implícita, mas escancarada na qual sua sobrevivência depende de uma carga de trabalho que em alguns casos leva a extinção de sua existência.
Acerca da atribuição que o trabalhador dá a si mesmo Djik (2008) aponta que há um poder que é exercido e que se dá em forma de controle ou:
[...] de controle de um grupo sobre outros grupos e seus membros. Tradicionalmente, controle é definido como controle sobre as ações de outros. Se esse controle se dá também no interesse daqueles que exercem tal poder, e contra os interesses daqueles que são controlados, podemos falar de abuso de poder. Se as ações envolvidas são ações comunicativas, isto é, o discurso, então podemos, de forma mais específica, tratar do controle sobre os discursos de outros, que é uma das maneiras óbvias de como o discurso e o poder estão relacionados: [...] (DJIK, 2008:17-18)
A realidade dos trabalhadores do açúcar já foi retratada em inúmeros trabalhos e a semelhanças até mesmo em relação a produção diária foram apontadas em outros estudos, como o de Moraes Silva (1999) que trata da expropriação de trabalhadores da região do Vale do Jequitinhonha – MG.
Tratando a respeito das atividades desenvolvidas por essas pessoas nas usinas de cana em São Paulo. Moraes Silva aponta em seu estudo a figura do “bom cortador de cana” como sendo
aquele que tem sobre si:
[...] o controle e a disciplina no ato do trabalho, que são exercidos por um pessoal especializado: fiscais, feitores, encarregados. Estes controlam os níveis de produtividade, a qualidade do corte, a medição da cana cortada, o registro da quantidade cortada por trabalhador. [...] os trabalhadores são submetidos a uma dura disciplina, cujos resultados são o aumento dos níveis de produtividade. [...] a figura do “bom cortador de cana”,aquele que corta em torno de dez toneladas diárias.
Os destinos desses trabalhadores, expropriados, desterritorializados, buscando manter uma identidade com seu lugar de origem, mas tendo apenas a cidade de Sonora como o espaço possível de existência, uma existência caracterizada pela sazonalidade, em que a família e tudo o que tem valor para esses trabalhadores, não passa de algo distante ao longo de suas vidas, muitas vezes tendo a existência reduzida, por conta da exigência que as atividades desenvolvidas requerem de seus corpos, submetidos a obrigações de produção que beiram o limite do não humano.
Os destinos desses trabalhadores foram traçados, de certa forma quando historicamente, sobretudo no período posterior ao “Milagre Econômico”, houve a opção por parte do Estado brasileiro em particularizar o acesso a terra. Naquele contexto de modernização das atividades agrícolas, houve a opção pela grande propriedade que resultaram nas atuais empresas rurais altamente lucrativas nas quais a terra em si não possui valor, constituindo-se apenas em instrumento de reserva e produto para especulação com garantia de financiamentos e de empréstimos bancários.
A itinerância desses trabalhadores pode ser percebida como fruto de uma construção histórica do Brasil que legou desemprego, exclusão, devolução de migrantes, transformação de trabalhadores em migrantes itinerantes, superexploração da força de trabalho e condições subumanas de moradia e habitação. A conclusão deste estudo abre espaço para outras interpretações acerca da vida e do mundo dessas pessoas, os caminhos que as conduziram até Sonora, foram os descaminhos históricos da formação social do Brasil, esta História poderia ter sido escrita de tantas outras formas, a partir de tantos outros pontos de vista, esperamos apenas ter contribuído com a reflexão acerca da nossa História, considerando que o passado não é um ponto acabado, mas algo que pode levar a novas reconstruções acerca da visão do mundo rural brasileiro.
* Texto produzido a partir do 3º capítulo de minha dissertação de mestrado intitulada "O DESPERTAR DE SONORA-MS: MUNDO RURAL, HISTÓRIA E MEMÓRIA DE MIGRANTES".
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Expansão do Imperialismo - Atividade para as turmas de 2º Ano (A e B)
DESENVOLVENDO ATITUDES
Leia com atenção o texto a seguir do livro Le chant à l'école indi´gène, em que Georges Hardy (inspetor geral da África Ocidental Francese) se dirige a crinaçs do continente:
"Para que nossa África seja rica,
Amigo, vamos trabalhar, trabalhar...
Em vez de dormir ou conversar, vamos,
Vamos limpar a terra.
Antes de convidar parentes e vizinhos,
Paguemos nossos impostos, saldemos as dívidas
E coloquemos de lado uns sacos de grãos.
Então, sim poderemos cantar em voz bem alta...
Salve, França, e glória ao teu nome,
Nós te amamos como à nossa mãe
Porque é a ti que devemos
O fim de todas as nossas misérias."
(in: FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. São Paulo: Ibrasa, 1983, p.40.)
PROPOSTA DE ATIVIDADES.
A) Qual a principal mensagem veiculada no texto? Que práticas são valorizadas e o que é combatido pelo autor?
B) Leia o fragamento do discurso de Jules Ferry:
"Em nosso tempo, e diante da crise que atravessam as indústrias européias, a fundação de colônias representa a criação de uma válvula de escape para nossos problemas. (...)
Devemos dizer abertamente que nós, pertencentes às raças superiores, temos direitos sobre as raças inferiores. Mas também temos o dever de civilizá-las." (FERRY, Jules. Discursos Políticos. in: BRUNSCHWIG, Henri. Mythes et réalités de I'mperalisme colonial français. Paris: Colin, 1960, p.73)
Compare os dois textos. Que relação é possível estabelecer entre eles?
C) A partir do que foi estudado em sala de aula, a respeito do tema "Imperialismo", analise a imagem abaixo:
http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2011/07/o-imperialismo-europeu-no-continente.html
Responda as questões acima no link "comentários", não esqueça de colocar no alto de sua publicação o nome e a série.
Leia com atenção o texto a seguir do livro Le chant à l'école indi´gène, em que Georges Hardy (inspetor geral da África Ocidental Francese) se dirige a crinaçs do continente:
"Para que nossa África seja rica,
Amigo, vamos trabalhar, trabalhar...
Em vez de dormir ou conversar, vamos,
Vamos limpar a terra.
Antes de convidar parentes e vizinhos,
Paguemos nossos impostos, saldemos as dívidas
E coloquemos de lado uns sacos de grãos.
Então, sim poderemos cantar em voz bem alta...
Salve, França, e glória ao teu nome,
Nós te amamos como à nossa mãe
Porque é a ti que devemos
O fim de todas as nossas misérias."
(in: FERRO, Marc. A manipulação da história no ensino e nos meios de comunicação. São Paulo: Ibrasa, 1983, p.40.)
PROPOSTA DE ATIVIDADES.
A) Qual a principal mensagem veiculada no texto? Que práticas são valorizadas e o que é combatido pelo autor?
B) Leia o fragamento do discurso de Jules Ferry:
"Em nosso tempo, e diante da crise que atravessam as indústrias européias, a fundação de colônias representa a criação de uma válvula de escape para nossos problemas. (...)
Devemos dizer abertamente que nós, pertencentes às raças superiores, temos direitos sobre as raças inferiores. Mas também temos o dever de civilizá-las." (FERRY, Jules. Discursos Políticos. in: BRUNSCHWIG, Henri. Mythes et réalités de I'mperalisme colonial français. Paris: Colin, 1960, p.73)
Compare os dois textos. Que relação é possível estabelecer entre eles?
C) A partir do que foi estudado em sala de aula, a respeito do tema "Imperialismo", analise a imagem abaixo:
http://fabiopestanaramos.blogspot.com/2011/07/o-imperialismo-europeu-no-continente.html
Responda as questões acima no link "comentários", não esqueça de colocar no alto de sua publicação o nome e a série.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
RENASCIMENTO Atividade - 1º Ano (A,B,C,D e E) / Ensino Médio
Principais características do Renascimento
- Valorização da estética artística da antiguidade clássica (greco-romana). Os artistas renascentistas defendiam a ideia de que a arte na Grécia e Roma antigas tinha um valor estético e cultural muito maior do que na Idade Média. Por isso, que uma escultura renascentista, por exemplo, possui uma grande semelhança como as esculturas da Grécia Antiga.
- Visão de que o homem é o principal e decisivo elemento na condução da história da humanidade. Essa visão é conhecida como antropocentrismo ("homem no centro") e fez oposição a visão teocêntrica ("Deus no centro") da Idade Média.
- Grande importância dada às ciências e a razão. Os renascentistas defendiam a ideia de que há explicação científica para a maioria das coisas. Portanto, desprezavam as explicações elaboradas pela Igreja Católica ou por outras fontes que não fossem científicas. Este período da história foi muito significativo no tocante ao desenvolvimento das experiências científicas e do pensamento racional e lógico.
- Busca do conhecimento em várias áreas. Os renascentistas buscavam entender o mundo através do estudo de várias ciências (Biologia, Matemática, Física, Astronomia, Botânica, Anatomia, Química, etc.). Um ótimo exemplo desta visão de mundo foi Leonardo da Vinci que, além de ser pintor, também desenvolveu trabalhos e estudos em várias áreas do conhecimento.
Fonte de consulta: http://www.suapesquisa.com/renascimento/caracteristicas.htm
5ª Obra: "Santa Catarina de Alexandria", de Rafael Sanzio.
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_da_arte/renascimento_cultural/hist_arte_2_renascimento_pintura
6ª obra: "O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso", de Michelângelo.
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_da_arte/renascimento
- Valorização da estética artística da antiguidade clássica (greco-romana). Os artistas renascentistas defendiam a ideia de que a arte na Grécia e Roma antigas tinha um valor estético e cultural muito maior do que na Idade Média. Por isso, que uma escultura renascentista, por exemplo, possui uma grande semelhança como as esculturas da Grécia Antiga.
- Visão de que o homem é o principal e decisivo elemento na condução da história da humanidade. Essa visão é conhecida como antropocentrismo ("homem no centro") e fez oposição a visão teocêntrica ("Deus no centro") da Idade Média.
- Grande importância dada às ciências e a razão. Os renascentistas defendiam a ideia de que há explicação científica para a maioria das coisas. Portanto, desprezavam as explicações elaboradas pela Igreja Católica ou por outras fontes que não fossem científicas. Este período da história foi muito significativo no tocante ao desenvolvimento das experiências científicas e do pensamento racional e lógico.
- Busca do conhecimento em várias áreas. Os renascentistas buscavam entender o mundo através do estudo de várias ciências (Biologia, Matemática, Física, Astronomia, Botânica, Anatomia, Química, etc.). Um ótimo exemplo desta visão de mundo foi Leonardo da Vinci que, além de ser pintor, também desenvolveu trabalhos e estudos em várias áreas do conhecimento.
Fonte de consulta: http://www.suapesquisa.com/renascimento/caracteristicas.htm
A partir das informações acima e com base no texto "Renascimento", discutido em sala de aula, observe as imagens a seguir, selecione uma delas e, no campo destinado aos comentários faça uma análise da obra escolhida, destacando nela algumas características do movimento renascentista.
1ª obra: "Davi" de Michelangelo: uma das obras mais conhecidas do Renascimento.
2ª obra: "O Nascimento de Vênus", de Botticelli.
3ª obra: La Gioconda "Mona Lisa", de Leonardo Da Vinci. A mais conhecida obra da produção renascentista.
4ª obra: "A Criação de Adão", de Michelangelo Buonarroti.
5ª Obra: "Santa Catarina de Alexandria", de Rafael Sanzio.
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_da_arte/renascimento_cultural/hist_arte_2_renascimento_pintura
6ª obra: "O Pecado Original e a Expulsão do Paraíso", de Michelângelo.
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_da_arte/renascimento
Marcadores:
Renascimento
Local: Sonora, MS, Brasil
Sonora - MS, Brasil
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
O Uso dos Recursos Tecnológicos na Prática Pedagógica
Há uma diversidade de recursos disponíveis para o aperfeiçoamento do processo de ensino e de aprendizagem, desde livros, cadernos, instrumentos musicais, até programas de rádio e de computação.
Penso que todos, se bem utilizados, podem se constituir em eficientes recursos na dinamização do ensino.
Vale ressaltar uma experiência recente, proposta pela direção da Escola Estadual Comandante Maurício Coutinho Dutra, da qual participo como coordenadora, juntamente com um grupo de alunos, refiro-me ao programa "A Hora do Estudante" que começou ir ao ar no último dia 10 e deverá se constituir em um espaço de integração entre alunos e professores, além de ser uma possibilidade de transdisciplinaridade escolar, por meio do material selecionado pelos professores, os ouvintes (alunos ou não) terão acesso a informação organizada das mais diversas áreas do conhecimento.
“Educação e Tecnologia” de Ladislau Dowbor.
Reflexões acerca do vídeo “Educação e Tecnologia” de Ladislau Dowbor.
Dentre as questões discutidas pelo pensador podemos destacar o fato de que a intensidade do conhecimento está aumentando, o que leva à necessidade de formação de pessoas com novas necessidades educacionais. Neste sentido, torna-se necessário repensar a escola e a educação, de maneira a tornarem-se menos pressionadoras e mais ampliadoras do conhecimento.
Considero que as reflexões apresentadas no vídeo apontam para o fato de que o papel da tecnologia é justamente permitir esta ampliação de acesso ao conhecimento produzido, a inserção desta se dá justamente no sentido de um processo de requalificação dos processos de aprendizagem, que não primem mais pela repetição, mas passem a valorizar a articulação do conhecimento produzido.
Ressalta-se que, a contemporaneidade coloca à disposição dos indivíduos um volume gigantesco de informações. Diante desta realidade, inúmeras vezes, coloca-se a discussão do papel que cabe ou que caberá ao professor neste “novo mundo”. A meu ver a citação feita por Dawbor, ao afirmar que “ a cabeça não tem que ser bem cheia, tem que ser bem feita”, traduz o papel docente, o de inspirar mentes.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Quem sou como professor e aprendiz?
Cabe ressaltar que a ação docente é extremamente complexa,
Considerando o conhecimento como uma atividade dinâmica, a curiosidade é primordial para o seu acesso, neste contexto o papel do professor, bem como a valorização de sua área de atuação são imprescindíveis na construção dos caminhos que conduzem ao ensino e à aprendizagem.
Neste sentido, a ação pedagógica deve levar em conta que o próprio educando já traz de suas vivências práticas culturais extremamente diversas, inclusive com o uso pouco sistematizado das mais diversas tecnologias. Acredita-se que a amplitude do conhecimento não se limita a mera tecnologização, desta forma a relação entre aulas e tecnologia cumpre um objetivo muito maior, a produção de conhecimento, que vai muito além de técnicas de comunicação, utilizadas indiscriminadamente, o processo de representação do conhecimento não ocorre isoladamente, o papel do professor é extremamente relevante.
A meu ver a interação com os alunos é fundamental no processo de ensino, não como mera reprodução de conhecimentos de senso comum, mas como uma oportunidade de entender que o cotidiano do aluno pode ser o ponto de partido para a elaboração do pensar, que, de acordo com o que acredito é função do processo de ensino-aprendizagem. Este processo pressupõenm justamente que a atividade docente não é isolada, mas que ocorrem nas relações diárias, entre professores das mais diversas áreas do conhecimento, traduzida em relações de interdisciplinaridade. No tocante à relação entre professores a troca está subjacente.
Sou defensora das mudanças, acredito que elas são inerentes aos seres humanos e a prática docente passa, necessariamente por este caminho.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Nota pública divulgada pela Assessoria de Comunicação da Comissão Pastoral da Terra - Secretaria Nacional
O Estado não pode lavar as mãos diante de mortes anunciadas
A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra reputa como muito
estranhas as afirmativas de representantes da Secretaria Estadual de Segurança
Pública do Pará, do Ibama e do Incra que disseram no dia 25 de maio desconhecer as
ameaças de morte sofridas pelos trabalhadores José Claudio Ribeiro da Silva e Maria
do Espírito Santo da Silva, assassinados a mando de madeireiros no dia 24, em Nova
Ipixuna (PA). O ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, chegou a afirmar
que o casal não constava de nenhuma relação de ameaçados em conflitos agrários,
elaborada pela Ouvidoria ou pela Comissão Nacional de Combate à Violência no
Campo.
A CPT, que desde 1985 presta um serviço à sociedade brasileira registrando e
divulgando um relatório anual dos conflitos no campo e das violências sofridas pelos
trabalhadores e trabalhadoras, com destaque para os assassinatos e ameaças de
morte, desde 2001 registrou entre os ameaçados de morte o nome de José Claudio.
Seu nome aparece nos relatórios de 2001, 2002 e 2009. E nos relatórios de 2004,
2005 e 2010 constam o nome dele e de sua esposa, Maria do Espírito Santo. Pela sua
metodologia, a CPT registra a cada ano só as ocorrências de novas ameaças.
Também o nome de Adelino Ramos, assassinado no dia 27 de maio, em Vista
Alegre do Abunã, Rondônia, constou da lista de ameaçados de 2008. Em 22 de julho
de 2010, o senhor Adelino participou de audiência, em Manaus, com o Ouvidor Agrário
Nacional, Dr. Gercino Filho, e a Comissão de Combate à Violência e Conflitos no
Campo e denunciou as ameaças que vinha sofrendo constantemente, inclusive
citando nomes dos responsáveis pelas ameaças.
No dia 29 de abril de 2010, a CPT entregou ao ministro da Justiça, Luiz Paulo
Barreto, os dados dos Conflitos e da Violência no Campo, compilados nos relatórios
anuais divulgados pela pastoral desde 1985. Um dos documentos entregue foi a
relação de Assassinatos e Julgamentos de 1985 a 2009. Até 2010, foram
assassinadas 1580 pessoas, em 1186 ocorrências. Destas somente 91 foram a
julgamento com a condenação de apenas 21 mandantes e 73 executores. Dos
mandantes condenados somente Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser
um dos mandantes do assassinato de Irmã Dorothy Stang, continua preso.
As mortes no campo podem se intitular de Crônicas de mortes anunciadas. De
2000 a 2011, a CPT tem registrado em seu banco de dados ameaças de morte no
campo, contra 1.855 pessoas. De 207 pessoas há o registro de terem sofrido mais de
uma ameaça. E destas, 42 foram assassinadas e outras 30 sofreram tentativas de assassinato. 102 pessoas, das 207, foram ou são lideranças e 27 religiosos ou
agentes de pastoral.
O que se assiste em nosso país é uma contra-reforma agrária e é uma falácia o
tal desmatamento zero. O poder do latifúndio, travestido hoje de agronegócio, impõe
suas regras afrontando o direito dos posseiros, pequenos agricultores, comunidades
quilombolas e indígenas e outras categorias camponesas. Também avança sobre
reservas ambientais e reservas extrativistas. O apoio, incentivo e financiamento do
Estado ao agronegócio, o fortalece para seguir adiante, acobertado pelo discurso do
desenvolvimento econômico que nada mais é do que a negação dos direitos
fundamentais da pessoa, do meio ambiente e da natureza. Isso ficou explícito durante
a votação do novo Código Florestal que melhor poderia se denominar de Código do
Desmatamento. Além de flexibilizar as leis, a repugnante atitude dos deputados
ruralistas, que vaiaram o anúncio da morte do casal, vem reafirmar que o interesse do
grupo está em garantir o avanço do capital sobre as florestas, pouco se importando
com as diferentes formas de vida que elas sustentam e muito menos com a vida de
quem as defende. A violência no campo é alimentada, sobretudo, pela impunidade,
como se pode concluir dos números dos assassinatos e julgamentos. O poder
judiciário, sempre ágil para atender os reclamos do agronegócio, mostra-se pouco ou
nada interessado quando as vítimas são os trabalhadores e trabalhadoras do campo.
A morte é uma decorrência do modelo de exploração econômica que se
implanta a ferro e fogo. Os que tentam se opor a este modelo devem ser cooptados
por migalhas ou promessas, como ocorre em Belo Monte, silenciados ou eliminados.
A Coordenação Nacional da CPT vê que na Amazônia matar e desmatar
andam juntos. Por isso exige uma ação forte e eficaz do governo, reconhecendo e
titulando os territórios das populações e comunidades amazônidas, estabelecendo
limites à ação das madeireiras e empresas do agronegócio em sua voracidade sobre
os bens da natureza. Também exige do judiciário medidas concretas que ponham um
fim à impunidade no campo.
Goiânia, 30 de maio de 2011.
A Coordenação Nacional da CPT
A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra reputa como muito
estranhas as afirmativas de representantes da Secretaria Estadual de Segurança
Pública do Pará, do Ibama e do Incra que disseram no dia 25 de maio desconhecer as
ameaças de morte sofridas pelos trabalhadores José Claudio Ribeiro da Silva e Maria
do Espírito Santo da Silva, assassinados a mando de madeireiros no dia 24, em Nova
Ipixuna (PA). O ouvidor agrário nacional, Gercino José da Silva Filho, chegou a afirmar
que o casal não constava de nenhuma relação de ameaçados em conflitos agrários,
elaborada pela Ouvidoria ou pela Comissão Nacional de Combate à Violência no
Campo.
A CPT, que desde 1985 presta um serviço à sociedade brasileira registrando e
divulgando um relatório anual dos conflitos no campo e das violências sofridas pelos
trabalhadores e trabalhadoras, com destaque para os assassinatos e ameaças de
morte, desde 2001 registrou entre os ameaçados de morte o nome de José Claudio.
Seu nome aparece nos relatórios de 2001, 2002 e 2009. E nos relatórios de 2004,
2005 e 2010 constam o nome dele e de sua esposa, Maria do Espírito Santo. Pela sua
metodologia, a CPT registra a cada ano só as ocorrências de novas ameaças.
Também o nome de Adelino Ramos, assassinado no dia 27 de maio, em Vista
Alegre do Abunã, Rondônia, constou da lista de ameaçados de 2008. Em 22 de julho
de 2010, o senhor Adelino participou de audiência, em Manaus, com o Ouvidor Agrário
Nacional, Dr. Gercino Filho, e a Comissão de Combate à Violência e Conflitos no
Campo e denunciou as ameaças que vinha sofrendo constantemente, inclusive
citando nomes dos responsáveis pelas ameaças.
No dia 29 de abril de 2010, a CPT entregou ao ministro da Justiça, Luiz Paulo
Barreto, os dados dos Conflitos e da Violência no Campo, compilados nos relatórios
anuais divulgados pela pastoral desde 1985. Um dos documentos entregue foi a
relação de Assassinatos e Julgamentos de 1985 a 2009. Até 2010, foram
assassinadas 1580 pessoas, em 1186 ocorrências. Destas somente 91 foram a
julgamento com a condenação de apenas 21 mandantes e 73 executores. Dos
mandantes condenados somente Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser
um dos mandantes do assassinato de Irmã Dorothy Stang, continua preso.
As mortes no campo podem se intitular de Crônicas de mortes anunciadas. De
2000 a 2011, a CPT tem registrado em seu banco de dados ameaças de morte no
campo, contra 1.855 pessoas. De 207 pessoas há o registro de terem sofrido mais de
uma ameaça. E destas, 42 foram assassinadas e outras 30 sofreram tentativas de assassinato. 102 pessoas, das 207, foram ou são lideranças e 27 religiosos ou
agentes de pastoral.
O que se assiste em nosso país é uma contra-reforma agrária e é uma falácia o
tal desmatamento zero. O poder do latifúndio, travestido hoje de agronegócio, impõe
suas regras afrontando o direito dos posseiros, pequenos agricultores, comunidades
quilombolas e indígenas e outras categorias camponesas. Também avança sobre
reservas ambientais e reservas extrativistas. O apoio, incentivo e financiamento do
Estado ao agronegócio, o fortalece para seguir adiante, acobertado pelo discurso do
desenvolvimento econômico que nada mais é do que a negação dos direitos
fundamentais da pessoa, do meio ambiente e da natureza. Isso ficou explícito durante
a votação do novo Código Florestal que melhor poderia se denominar de Código do
Desmatamento. Além de flexibilizar as leis, a repugnante atitude dos deputados
ruralistas, que vaiaram o anúncio da morte do casal, vem reafirmar que o interesse do
grupo está em garantir o avanço do capital sobre as florestas, pouco se importando
com as diferentes formas de vida que elas sustentam e muito menos com a vida de
quem as defende. A violência no campo é alimentada, sobretudo, pela impunidade,
como se pode concluir dos números dos assassinatos e julgamentos. O poder
judiciário, sempre ágil para atender os reclamos do agronegócio, mostra-se pouco ou
nada interessado quando as vítimas são os trabalhadores e trabalhadoras do campo.
A morte é uma decorrência do modelo de exploração econômica que se
implanta a ferro e fogo. Os que tentam se opor a este modelo devem ser cooptados
por migalhas ou promessas, como ocorre em Belo Monte, silenciados ou eliminados.
A Coordenação Nacional da CPT vê que na Amazônia matar e desmatar
andam juntos. Por isso exige uma ação forte e eficaz do governo, reconhecendo e
titulando os territórios das populações e comunidades amazônidas, estabelecendo
limites à ação das madeireiras e empresas do agronegócio em sua voracidade sobre
os bens da natureza. Também exige do judiciário medidas concretas que ponham um
fim à impunidade no campo.
Goiânia, 30 de maio de 2011.
A Coordenação Nacional da CPT
terça-feira, 10 de maio de 2011
HISTÓRIA DE MS
Espaço destinada aos comentários referentes ao documentário assistido em sala de aula intitulado "Cinco Mil Anos de História".
Aula referente ao tema "Expansão Territorial e seus Conflitos"
Aula referente ao tema "Expansão Territorial e seus Conflitos"
domingo, 27 de março de 2011
O Cravo não Brigou com a Rosa
Recebi este texto por e-mail, de um amigo muito querido (Júlio).
Achei que seria uma boa opção compartilhar.
O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA
Texto de Luiz Antônio Simas
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.
Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos, cacete!
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.
Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias o u coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não.
Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.
Abraços,
Luiz Antônio Simas
(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio).
Achei que seria uma boa opção compartilhar.
O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA
Texto de Luiz Antônio Simas
Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.
Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".
Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.
Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?
É Villa Lobos, cacete!
Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.
Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.
Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.
Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias o u coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.
Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.
Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.
Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.
O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.
Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".
Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não.
Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.
Abraços,
Luiz Antônio Simas
(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio).
terça-feira, 22 de março de 2011
Aula sobre "Mitologia Grega"
"Os gregos – através de sua mitologia – consideravam os elementos da Natureza (o Sol, a Terra, o Céu, o Oceano, as Montanhas, etc.) como forças autônomas, honrando-os como deuses, elevados pela fantasia a seres ativos, móveis, conscientes e dotados de sentimentos, vontades e desejos. Estes deuses constituíam-se na fonte e na essência de todas as coisas do universo. "
(Tales de Mileto, Wikipédia, 2007)
Vamos pensar sobre esta idéia de Hesíodo e a influência da mitologia na vida dos Gregos da antiguidade. O desafio é para que você busque o conhecimento estabelecendo uma relação entre a maneira dos gregos verem o mundo antes do surgimento da Filosofia e a forma como vemos o mundo hoje.
Pesquise em sites na internet a respeito das questões a seguir:
■ O que é mito? Em que época se registrou os primeiros pensamentos mitológicos na Grécia? Qual a importância desta forma de pensar para a filosofia?
■ Quem foi Hesíodo? O que ele escreveu? O que é o Khaos para os gregos?
■ Nos dias atuais, as pessoas ainda possuem concepções mitológicas?
■O pensamento mitológico pode ser explicado cientificamente? Possui um método?
Escolha uma dessas questões para respondar por meio de comentários neste blog.
(Tales de Mileto, Wikipédia, 2007)
Vamos pensar sobre esta idéia de Hesíodo e a influência da mitologia na vida dos Gregos da antiguidade. O desafio é para que você busque o conhecimento estabelecendo uma relação entre a maneira dos gregos verem o mundo antes do surgimento da Filosofia e a forma como vemos o mundo hoje.
Pesquise em sites na internet a respeito das questões a seguir:
■ O que é mito? Em que época se registrou os primeiros pensamentos mitológicos na Grécia? Qual a importância desta forma de pensar para a filosofia?
■ Quem foi Hesíodo? O que ele escreveu? O que é o Khaos para os gregos?
■ Nos dias atuais, as pessoas ainda possuem concepções mitológicas?
■O pensamento mitológico pode ser explicado cientificamente? Possui um método?
Escolha uma dessas questões para respondar por meio de comentários neste blog.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Trabalho de "Aula em Cadeia"
Espaço destinado a postagens de comentário a respeito do trabalho realizado em sala de aula.
Por meio de uma dinâmica de grupo intitulada "Aula em Cadeia" os alunos do 2º ano "A" e "B" (Ensino Médio), prepararam apresentação acerca dos seguintes temas:
- Administração Portuguesa e Igreja Católica;
- Economia Açucareira;
- Condições da Escravidão Africana.
Por meio de uma dinâmica de grupo intitulada "Aula em Cadeia" os alunos do 2º ano "A" e "B" (Ensino Médio), prepararam apresentação acerca dos seguintes temas:
- Administração Portuguesa e Igreja Católica;
- Economia Açucareira;
- Condições da Escravidão Africana.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Cultura
Os dois vídeos que aparecem a seguir tratam de questões relacionadas a cultura, sendo que o primeiro se refere às contribuições deixadas por diferentes povos que em períodos também diferentes chegaram ao Brasil e aqui foram imprimindo suas marcas culturais.
O segundo vídeo trata da diversas identidades que formaram o Brasil.
A proposta de atividade para a disciplina de Sociologia é que, após assistirem aos dois vídeos, coloquem comentários acerca dos mesmos.
O segundo vídeo trata da diversas identidades que formaram o Brasil.
A proposta de atividade para a disciplina de Sociologia é que, após assistirem aos dois vídeos, coloquem comentários acerca dos mesmos.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
HISTÓRIA E MÚSICA
HISTÓRIA E MÚSICA
Sugestão didática para trabalho com Música e História.
O material a seguir foi trabalhado em sala de turmas de 3ª Série do Ensino Médio na disciplina de História sob minha orientação. O conteúdo exposto faz alusão a um álbum musical intitulado "Cantando a História" do grupo vocal Garganta Profunda, baseado no livro "Brasil Século XX - Ao Pé da Letra da Canção Popular" de Luciana Salles Worms e Wellington Borges Costa.
A meu ver a contextualização histórico-musical que foi criada no álbum é uma mostra do quanto o ensino de história pode mudar as posturas de alunos em diversos níveis de ensino a proposta aqui apresentada é uma mudança de postura cultural que prime pela valorização da canções brasileiras, apresentando ao jovem a riqueza cultural do Brasil que passa bem longe daquilo que a mídia veicula ao grande público. Penso que esse é o papel da escola, trabalhando com essa postura de transformação, acredito que seja possível dar condições para o desenvolvimento do sujeito histórico, não alienado e que tenha opinião.
Ao longo do desenvolvimento da atividade os alunos poderão perceber que as criações musicais são fruto de um processo histórico, portanto que o estudo de História não se restringe a coisas mortas e a um passado sem sentido, essa ciência é vida e seu objeto é o ser humano, homens e mulheres numa trajetória de lutas e mudanças ao longo do tempo.
Fica aqui uma sugestão didática que segundo comprovada experiência faz muito sucesso entre o público estudantil.
HISTÓRIA E MÚSICA
* Boa parte da produção a seguir foi retirado do álbum musical "Cantando a História", entretanto essa produção vem permeada por toques apaixonados de uma educadora-historiadora.
“O tempo não para”, e conforme se movimento nos transforma, esse é o sentido da vida, perceber o movimento e não ficar alheio a ele. A meu ver esse é o sentido da História, ou seja, perceber o movimento do ser humano em sua atuação sobre o Planeta Terra.
Numa sociedade em constante movimento é louvável que se resgate a História de nosso país para as novas gerações. Desta forma a música é uma maneira fantástica de expressar a História do romantismo de “Jura” à contemporaneidade de “Parabolicamará”, nossa História sempre foi marcada pela sensibilidade daqueles que, habilmente, colocaram em letra e melodia o momento em que viviam, mesmo sem saber, pintavam com suas músicas o retrato, ora preto e branco, ora colorido, de uma época que passou, mas muito responsável pelo que somos hoje.
No início do século XX e da República no Brasil, reinava no Carnaval, nos teatros de revista e nos discos, José Barbosa da Silva, o Sinhô. O samba era ainda muito próximo de outro ritmo afrodescendente, o maxixe, ideal para se dançar a dois. As manifestações culturais africanas eram muito reprimidas pela polícia e portar violão era motivo para que o sujeito fosse preso pela polícia.
No final de década de 20, morria Sinhô e nascia a primeira escola de samba do Brasil, a Deixa Falar, fundada por Ismael Silva. A solução rítmica para que o samba orientasse os desfiles nas ruas foi a incorporação de dois instrumentos de percussão: o surdo e o tamborim. A temática preferencial das letras desse novo samba era a figura do malandro carioca.
JURA
Jura
Jura, jura pelo Senhor
Jura
Pela imagem
da Santa Cruz do Redentor
pra ter valo
a tua jura
Jura, jura de coração
Para que um dia
Eu possa dar-te o meu amor
Sem mais pensar na ilusão
Daí então dar-te eu irei
Um beijo puro na catedral
Do amor
Dos sonhos meus
Bem junto aos teus
Para sentirmos as emoções do amor
Sinhô
SE VOCÊ JURAR
Se você jurar que me tem amor
Eu posso me regenerar
Mas se é para fingir, mulher
A orgia assim não vou deixar
Muito tenho sofrido
Por minha lealdade
Agora estou sabido
Não vou atrás de amizade
A minha vida é boa
Não tenho em que pensar
Por uma coisa à toa
Não vou me regenerar
A mulher é um jogo
Difícil de acertar
E o homem como um bobo
Não se cansa de jogar
O que eu posso fazer
É se você jurar
Arriscar a perder
Ou desta vez então ganhar
Ismael Silva/Francisco Alves/Nilton Bastos
Ao mesmo tempo que se processava uma revolução no samba, em 1930, acontecia a Revolução que faria com que Getúlio Vargas pusesse fim à chamada República do Café com Leite em que as oligarquias rurais paulistas e mineiras se revezavam no poder. Vários compositores brancos de classe média aderiram ao samba de Ismael Silva, Noel Rosa, por exemplo, compôs, com Vadico, estes versos sobre melodia, que deixam clara a mudança no panorama político: São Paulo dá café, Minas dá leite e a Vila Isabel dá samba.
FEITIÇO DA VILA
Quem nasce lá na Vila/ Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos do arvoredo
E faz a lua nascer mais cedo
Lá em Vila Isabel/Quem é bacharel
Não tem medo de samba
São Paulo dá café/Minas dá leite
E a Vila Isabel dá Samba,
A Vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém/ que nos faz em
Tendo nome de princesa
Transformou o samba num feitiço decente
Que prende a gente
O sol da Vila é triste/ Samba não assiste
Porque a gente implora:
Sol pelo amor de Deus não venha agora
Que as morenas vão logo embora...
Eu sei por onde passo/sei tudo que faço
Paixão não me aniquila
Mas tenho que dizer, modéstia à parte
Meus senhores eu sou da Vila!
Noel Rosa/Vadico
Um dos grandes pilares do regime de Getúlio Vargas foi a radiodifusão. Brilharam várias cantoras do rádio. Dentre elas, Emilinha Borba, que surgiu estimujlada por Carmem Miranda, a “Embaixatriz da Boa Vizinhança”. Nesta marchinha de carnaval gravada em 1949, Braguinha ( João de Barro) brinca com o existencialismo francês, que influenciou a cultura mundial pós-guerra. No Brasil, essa influência gerou as tristes canções de dor-de-cotovelo que imperavam no rádio o ano inteiro. As alegres marchas, com esta, ficavam confinadas aos quatro dias de carnaval.
CHIQUITA BACANA
Chiquita Bacana
lá da Martinica
Se veste com uma casca
de banana nanica
não usa vestido
não usa calção
inverno pra ela
É pleno verão
Existencialista
Com toda razão
Só faz o que manda
O seu coração.
João de Barro/Alberto Ribeiro
O regime de Getúlio Vargas, por meio do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), promovia canções ufanistas de exaltação à pátria. Ary Barroso era um dos maiores expoentes desse tipo de música. A grande intérprete dessas canções era Carmem Miranda. Por problemas de cachê Ary foi substituído por um jovem compositor baiano cujos versos seriam imortalizados pela “Pequena Notável”. Dorival Caymmi, inclusive, além das canções, sugeriu vários ingredientes do indefectível figurino de Carmem Miranda.
O SAMBA DA MINHA TERRA
Samba da minha terra
Deixa a gente mole
Quando se canto todo mundo bole
Quem não gosta de samba
Bom sujeito não é
É ruim da cabeça
Ou doente do pé
Eu nasci com o samba
No samba me criei
E do danado do samba
Nunca me separei
Dorival Caymmi
A Bossa Nova veio pôr fim ao “baixo astral” da dor de cotovelo do pós-guerra. Não havia mais motivo para a tristeza: o Brasil vivia um período democrático, ganha a Copa do Mundo, a tenista Maria Esther Bueno era bicampeã do torneio tênis de Wimbledon. A batida de violão de João Gilberto, somada à melodia de Tom Jobim e à poesia de Vinícius de Moraes, colocava a música brasileira como produto de exportação. O centro histórico desse período foi o governo Juscelino Kubitschek.
O PATO
O pato vinha cantando alegremente, quen, quen
Quando um marreco sorridente pediu
Para entrar também no samba
O ganso
Gostou da dupla e fez também quen, quen
Olhou pro cisne
E disse assim “vem, vem”
Que o quarteto ficará bom
Muito bom, muito bem
Na beira da lagoa foram ensaiar
Para começar o tico-tico no fubá
A voz do pato era mesmo desacato
Jogo de cena com o ganso era mato
Mas eu gostei do final
Quando caíram na água
Ensaiando o vocal
Neusa Teixeira/Jaime Silva
O período em que o Brasil viveu sob democracia e liberdade e que justificava as letras da Bossa Nova foi muito curto entre duas ditaduras. Com o golpe de 1964, muitos artistas egressos da Bossa Nova entenderam que não havia mais clima para cantar barcos, patos e namoradas. A música tornou-se apenas “pretexto para o protesto”. Para dizer não ao regime militar
DISPARADA
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do setão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
A morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, ma um dia me montei
Não por um motiva meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que dia acordei
Então não pude seguir valente em lugar tenente
E o dono de gado é gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
Geraldo Vandré/Théo de Barros
O teatro de operações para a batalha que se travava entre os adeptos da Música de Protesto, da Jovem Guarda e do Tropicalismo foram os festivais da canção. “Ponteio” venceu o festival da TV Record de 1967, superando Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil.
PONTEIO
Era um, era dois, era cem
Era o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro
Que me desse o amor ou dinheiro
Era um, era dois, era cem
Vieram pra me perguntar
Ô você: - de onde vai, de onde vem?
Diga logo o que tem pra contar
Parado no meio do mundo
Senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via
Nem sombra, nem sol, nem vento
Que me dera agora eu tivesse a viola pra cantar
Era um dia, era claro, quase meio
Era um canto calado, sem ponteio
Violência, viola, violeiro
Era a morte ao redor, mundo inteiro
Era um dia, era claro, quase meio
Tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio
Só sabia da ondas do mar
Jogaram a viola no mundo
Mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo a viola, ponteio
Meu canto não posso parar, não
Quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar
Era um, era dois, era cem
Era um dia, era claro, quase meio
Encerrar meu cantar, j´[a convém
Prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro
Eu espero não vá demorar
Esse dia estou certo que vem
Digo logo que vem pra buscar
Correndo no meio do mundo
Não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado
E um novo lugar pra cantar
Quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar
Edu Lobo/Capinam
Com a popularização da televisão, os lares brasileiros foram invadidos por uma legião de jovens artistas comandado por Roberto Carlos. Era a Jovem Guarda. Os requebros de Elvis Presley e os cabelos compridos dos Beatles e Rolling Stones ganharam versão brasileira: yeah, yeah, yeah virou iê-iê-iê. Aos adeptos da canção de protesto causavam ojeriza as guitarras elétricas e demais instrumentos plugados na tomada vistos como símbolo da alienação e subserviência ao imperialismo norte americano. Em São Paulo, chegou a acontecer uma passeata contra as guitarras na música brasileira.
BOM
Ah! Meu carro é vermelho
Não uso espelho pra me pentear
Botinha sem meia
E só na areia eu sei trabalhar
Cabelo na testa sou o dono da festa
Pertenço aos dez mais
Se você quiser experimentar
Sei que vai gostar
Quando eu apareço
O comentário é geral
Ele é o bom é o bom demais
Ter muitas garotas pra mim é normal
Ele é o bom entre os dez mais
Carlos Imperial
Entre o não e o iê-iê-iê, surgiu o muito pelo contrário. Inspirados pela Antropofagia Cultural do poeta Oswald de Andrade, os artiistas da Tropicália entendiam que não havia problema algum em se incorporarem guitarras e ritmos estrangeiros à música brasileira desde que se despejasse tudo em um caldeirão de cultura em que essas influências fossem devoradas e misturada à arte brasileira em uma grande geléia geral.
TROPICÁLIA
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro um monumento
No planalto Central do país
Viva a bossa sa as
Viva a palhoça ç aça ça...
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata o luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta
Estende a mão
Viva a mata ta ta
Viva a mulata ta ta ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira
Entre os girassóis...
Viva Maria ia ia
Viva a Bahia ia ia ia...
No pulso esquerdo o bang bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança a um sambe de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhoer
Ele põe os olhos grandes sobre mim
Viva Ipanema ma ma ma...
Domigo é o fino-da-bossa
segunda-feira está na fossa
terça-feira vai a roça
porém, o monumento
é bem moderno
não disse nada domodelo do meu terno
que tudo mais vá pro inferno meu bem
que tudo mais vá pro inferno meu bem
viva a banda da da
Carmem Miranda da da da da
Caetano Veloso
O regime militar se acirrou muito depois do AI-5, em dezembro de 1968. Muitos brasileiros foram presos, torturados, mortos e exilados. Em exílio voluntário no início dos anos 70, Chico Buarque rompeu com a imagem de bom moço. De volta ao Brasil, especializou-se na arte de dobrar a censura. Em parceria com Francis Hime, em 1976, compôs esta homenagem ao dramaturgo e amigo Augusto Boal, exilado involuntariamente em Portugal.
MEU CARO AMIGO
Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, que também, sem cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai levando só de birra só de sarro
E a gent vai fumando que ,também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta
Muita careta pra engolir a transação
E a gente ta engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correi andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remete
Notícias frescas nesse disco
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero lhe dizer que a coisa aqui ta preta
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus
Chico Buarque/Francis Hime
Com a anistia os presos e exilados políticos e o pluripartidarismo, o Brasil dos anos 80 marca o fim do regime militar e a luta pelas eleições direta. A trilha sonora que vai cantar esse príodo da chamada Nova República é o pop-rock nacional. Compositores que cresceram durante a ditadura militar passam a gozar de uma liberdade de expressão e não economizam preocupações políticas em suas letras. Essa “Geração coca-cola”, o BRrock, ganhou o mercado fonográfico nacional. Roqueiro brasileiro deixou de ter cara de bandido e redimiu a guitarra
BRASIL
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascr
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
Não me convidaram pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascr
Não me sortearam
A garota do “fantástico”
Não me subornaram
Será que o meu fim
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer sim, sim
Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(não vou te trair)
Cazuza/Jorge Israel/Nilo Romero
Na última década do século, o brasileiro foi às ruas exigir o impeachment de Fernando Collor e elegeu duas vezes Fernando Henrique Cardoso. A relação entre FHC e Chico Buarque é muito antiga. O presidente fora aluno do pai do compositor, Chico por sua vez, apoiou as candidaturas de Fernando Henrique ao senado em 1978 e à prefeitura de São Paulo em 1985. já presidente pela segunda vez, em entrevista a uma publicação portuguesa sobre cultura lusófona, Fernando Henrique enalteceu Caetano Veloso, que o apoiara publicamente em 94 e depreciou Chico Buarque, que apoiara Lula em 94 e 98. Embora Chico negue, como sempre, este samba pode ser lido como uma resposta à injúria do presidente.
INJURIADO
Se eu só lhe fizesse o bem
Talvez fosse um vício a mais
Você me teria desprezo por fim
Porém não fui tão imprudente
E agora não há francamente
Motivo pra você me injuriar assim
Dinheiro não lhe emprestei
Favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Você nada está me devendo
Por isso meu bem, não entendo
Porque anda agora falando de mim
Dinheiro não lhe emprestei...
Chico Buarque
No final do século XX, ganha extrema importância a informática, com a popularização do PC (computador pessoal) e da rede mundial de computadores, a Internet. A reboque, entram no vocabulário brasileiro uma série de estrangeirismos, notadamente os de língua inglesa, satirizados nesta canção de Zeca Baleiro, representante de uma nova geração de herdeiros da nossa tradição trovadoresca.
SAMBA DO APPROACH
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lanche
Eu ando de ferry boat
Eu tenho savoir-fair
Meu temperamento é light
Minha casa é high tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
Fica ligada no link
Que eu vou confessar my love
Depois do décimo drink
Só um bom e velho Engov
Eu tirei meu Green Card
E fui pra Miami Beach
Posso não ser pop star
Mas já sou um noveau rich
Eu tenho sex-appeal
Saca só meu background
Veloz com Damon Hill
Tenaz com Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Posso jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite drag queen
Zeca Baleiro
A globalização é um tema que toma conta do debate no final do século XX e começo do XXI. A interligação instantânea e a integração comercial e cultural dos mais longínquos rincões do planeta geram inclusão por um lado e a exclusão de milhões de seres humanos em países pobres, por outro. Em termos nacionais, a grande questão que se coloca ao Brasil é que tipo de inserção nos mercados globais o aguarda: uma inserção soberana e justa ou uma inserção subserviente e colonizada?
PARABOLICAMARÁ
Antes mundo era pequeno
Porque terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena Parabolicamará
Ê, volta do mundo, camará
Ê-ê, mundo dá volta, camará
Antes longe era distante
Perto só quando dava
Quando muito ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos monte, den de casa, camará
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
Pela onda luminosa
Leva o tempo de um raio
Tempo que levava Rosa
Pra aprumar o balaio
Quando sentia que o balaio ia escorregar
Esse tempo nunca passa
Não é de ontem nem de hoje
Mora no som da cabeça
Nem ta preso nem foge
No instante que tange o berimbau, meu camará
De jangada leva uma eternidade,
De saveiro leva uma encarnação
De avuão, o tempo de uma saudade
Esse tempo não tem rédea
Vem nas asas do vento
O momento da tragédia
Chico, Ferreira e Bento
Só souberam na hora do destino apresentar
Sugestão didática para trabalho com Música e História.
O material a seguir foi trabalhado em sala de turmas de 3ª Série do Ensino Médio na disciplina de História sob minha orientação. O conteúdo exposto faz alusão a um álbum musical intitulado "Cantando a História" do grupo vocal Garganta Profunda, baseado no livro "Brasil Século XX - Ao Pé da Letra da Canção Popular" de Luciana Salles Worms e Wellington Borges Costa.
A meu ver a contextualização histórico-musical que foi criada no álbum é uma mostra do quanto o ensino de história pode mudar as posturas de alunos em diversos níveis de ensino a proposta aqui apresentada é uma mudança de postura cultural que prime pela valorização da canções brasileiras, apresentando ao jovem a riqueza cultural do Brasil que passa bem longe daquilo que a mídia veicula ao grande público. Penso que esse é o papel da escola, trabalhando com essa postura de transformação, acredito que seja possível dar condições para o desenvolvimento do sujeito histórico, não alienado e que tenha opinião.
Ao longo do desenvolvimento da atividade os alunos poderão perceber que as criações musicais são fruto de um processo histórico, portanto que o estudo de História não se restringe a coisas mortas e a um passado sem sentido, essa ciência é vida e seu objeto é o ser humano, homens e mulheres numa trajetória de lutas e mudanças ao longo do tempo.
Fica aqui uma sugestão didática que segundo comprovada experiência faz muito sucesso entre o público estudantil.
HISTÓRIA E MÚSICA
* Boa parte da produção a seguir foi retirado do álbum musical "Cantando a História", entretanto essa produção vem permeada por toques apaixonados de uma educadora-historiadora.
“O tempo não para”, e conforme se movimento nos transforma, esse é o sentido da vida, perceber o movimento e não ficar alheio a ele. A meu ver esse é o sentido da História, ou seja, perceber o movimento do ser humano em sua atuação sobre o Planeta Terra.
Numa sociedade em constante movimento é louvável que se resgate a História de nosso país para as novas gerações. Desta forma a música é uma maneira fantástica de expressar a História do romantismo de “Jura” à contemporaneidade de “Parabolicamará”, nossa História sempre foi marcada pela sensibilidade daqueles que, habilmente, colocaram em letra e melodia o momento em que viviam, mesmo sem saber, pintavam com suas músicas o retrato, ora preto e branco, ora colorido, de uma época que passou, mas muito responsável pelo que somos hoje.
No início do século XX e da República no Brasil, reinava no Carnaval, nos teatros de revista e nos discos, José Barbosa da Silva, o Sinhô. O samba era ainda muito próximo de outro ritmo afrodescendente, o maxixe, ideal para se dançar a dois. As manifestações culturais africanas eram muito reprimidas pela polícia e portar violão era motivo para que o sujeito fosse preso pela polícia.
No final de década de 20, morria Sinhô e nascia a primeira escola de samba do Brasil, a Deixa Falar, fundada por Ismael Silva. A solução rítmica para que o samba orientasse os desfiles nas ruas foi a incorporação de dois instrumentos de percussão: o surdo e o tamborim. A temática preferencial das letras desse novo samba era a figura do malandro carioca.
JURA
Jura
Jura, jura pelo Senhor
Jura
Pela imagem
da Santa Cruz do Redentor
pra ter valo
a tua jura
Jura, jura de coração
Para que um dia
Eu possa dar-te o meu amor
Sem mais pensar na ilusão
Daí então dar-te eu irei
Um beijo puro na catedral
Do amor
Dos sonhos meus
Bem junto aos teus
Para sentirmos as emoções do amor
Sinhô
SE VOCÊ JURAR
Se você jurar que me tem amor
Eu posso me regenerar
Mas se é para fingir, mulher
A orgia assim não vou deixar
Muito tenho sofrido
Por minha lealdade
Agora estou sabido
Não vou atrás de amizade
A minha vida é boa
Não tenho em que pensar
Por uma coisa à toa
Não vou me regenerar
A mulher é um jogo
Difícil de acertar
E o homem como um bobo
Não se cansa de jogar
O que eu posso fazer
É se você jurar
Arriscar a perder
Ou desta vez então ganhar
Ismael Silva/Francisco Alves/Nilton Bastos
Ao mesmo tempo que se processava uma revolução no samba, em 1930, acontecia a Revolução que faria com que Getúlio Vargas pusesse fim à chamada República do Café com Leite em que as oligarquias rurais paulistas e mineiras se revezavam no poder. Vários compositores brancos de classe média aderiram ao samba de Ismael Silva, Noel Rosa, por exemplo, compôs, com Vadico, estes versos sobre melodia, que deixam clara a mudança no panorama político: São Paulo dá café, Minas dá leite e a Vila Isabel dá samba.
FEITIÇO DA VILA
Quem nasce lá na Vila/ Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos do arvoredo
E faz a lua nascer mais cedo
Lá em Vila Isabel/Quem é bacharel
Não tem medo de samba
São Paulo dá café/Minas dá leite
E a Vila Isabel dá Samba,
A Vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém/ que nos faz em
Tendo nome de princesa
Transformou o samba num feitiço decente
Que prende a gente
O sol da Vila é triste/ Samba não assiste
Porque a gente implora:
Sol pelo amor de Deus não venha agora
Que as morenas vão logo embora...
Eu sei por onde passo/sei tudo que faço
Paixão não me aniquila
Mas tenho que dizer, modéstia à parte
Meus senhores eu sou da Vila!
Noel Rosa/Vadico
Um dos grandes pilares do regime de Getúlio Vargas foi a radiodifusão. Brilharam várias cantoras do rádio. Dentre elas, Emilinha Borba, que surgiu estimujlada por Carmem Miranda, a “Embaixatriz da Boa Vizinhança”. Nesta marchinha de carnaval gravada em 1949, Braguinha ( João de Barro) brinca com o existencialismo francês, que influenciou a cultura mundial pós-guerra. No Brasil, essa influência gerou as tristes canções de dor-de-cotovelo que imperavam no rádio o ano inteiro. As alegres marchas, com esta, ficavam confinadas aos quatro dias de carnaval.
CHIQUITA BACANA
Chiquita Bacana
lá da Martinica
Se veste com uma casca
de banana nanica
não usa vestido
não usa calção
inverno pra ela
É pleno verão
Existencialista
Com toda razão
Só faz o que manda
O seu coração.
João de Barro/Alberto Ribeiro
O regime de Getúlio Vargas, por meio do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), promovia canções ufanistas de exaltação à pátria. Ary Barroso era um dos maiores expoentes desse tipo de música. A grande intérprete dessas canções era Carmem Miranda. Por problemas de cachê Ary foi substituído por um jovem compositor baiano cujos versos seriam imortalizados pela “Pequena Notável”. Dorival Caymmi, inclusive, além das canções, sugeriu vários ingredientes do indefectível figurino de Carmem Miranda.
O SAMBA DA MINHA TERRA
Samba da minha terra
Deixa a gente mole
Quando se canto todo mundo bole
Quem não gosta de samba
Bom sujeito não é
É ruim da cabeça
Ou doente do pé
Eu nasci com o samba
No samba me criei
E do danado do samba
Nunca me separei
Dorival Caymmi
A Bossa Nova veio pôr fim ao “baixo astral” da dor de cotovelo do pós-guerra. Não havia mais motivo para a tristeza: o Brasil vivia um período democrático, ganha a Copa do Mundo, a tenista Maria Esther Bueno era bicampeã do torneio tênis de Wimbledon. A batida de violão de João Gilberto, somada à melodia de Tom Jobim e à poesia de Vinícius de Moraes, colocava a música brasileira como produto de exportação. O centro histórico desse período foi o governo Juscelino Kubitschek.
O PATO
O pato vinha cantando alegremente, quen, quen
Quando um marreco sorridente pediu
Para entrar também no samba
O ganso
Gostou da dupla e fez também quen, quen
Olhou pro cisne
E disse assim “vem, vem”
Que o quarteto ficará bom
Muito bom, muito bem
Na beira da lagoa foram ensaiar
Para começar o tico-tico no fubá
A voz do pato era mesmo desacato
Jogo de cena com o ganso era mato
Mas eu gostei do final
Quando caíram na água
Ensaiando o vocal
Neusa Teixeira/Jaime Silva
O período em que o Brasil viveu sob democracia e liberdade e que justificava as letras da Bossa Nova foi muito curto entre duas ditaduras. Com o golpe de 1964, muitos artistas egressos da Bossa Nova entenderam que não havia mais clima para cantar barcos, patos e namoradas. A música tornou-se apenas “pretexto para o protesto”. Para dizer não ao regime militar
DISPARADA
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do setão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
A morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, ma um dia me montei
Não por um motiva meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que dia acordei
Então não pude seguir valente em lugar tenente
E o dono de gado é gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
Geraldo Vandré/Théo de Barros
O teatro de operações para a batalha que se travava entre os adeptos da Música de Protesto, da Jovem Guarda e do Tropicalismo foram os festivais da canção. “Ponteio” venceu o festival da TV Record de 1967, superando Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil.
PONTEIO
Era um, era dois, era cem
Era o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro
Que me desse o amor ou dinheiro
Era um, era dois, era cem
Vieram pra me perguntar
Ô você: - de onde vai, de onde vem?
Diga logo o que tem pra contar
Parado no meio do mundo
Senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via
Nem sombra, nem sol, nem vento
Que me dera agora eu tivesse a viola pra cantar
Era um dia, era claro, quase meio
Era um canto calado, sem ponteio
Violência, viola, violeiro
Era a morte ao redor, mundo inteiro
Era um dia, era claro, quase meio
Tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio
Só sabia da ondas do mar
Jogaram a viola no mundo
Mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo a viola, ponteio
Meu canto não posso parar, não
Quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar
Era um, era dois, era cem
Era um dia, era claro, quase meio
Encerrar meu cantar, j´[a convém
Prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro
Eu espero não vá demorar
Esse dia estou certo que vem
Digo logo que vem pra buscar
Correndo no meio do mundo
Não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado
E um novo lugar pra cantar
Quem me dera agora eu tivesse a viola pra cantar
Edu Lobo/Capinam
Com a popularização da televisão, os lares brasileiros foram invadidos por uma legião de jovens artistas comandado por Roberto Carlos. Era a Jovem Guarda. Os requebros de Elvis Presley e os cabelos compridos dos Beatles e Rolling Stones ganharam versão brasileira: yeah, yeah, yeah virou iê-iê-iê. Aos adeptos da canção de protesto causavam ojeriza as guitarras elétricas e demais instrumentos plugados na tomada vistos como símbolo da alienação e subserviência ao imperialismo norte americano. Em São Paulo, chegou a acontecer uma passeata contra as guitarras na música brasileira.
BOM
Ah! Meu carro é vermelho
Não uso espelho pra me pentear
Botinha sem meia
E só na areia eu sei trabalhar
Cabelo na testa sou o dono da festa
Pertenço aos dez mais
Se você quiser experimentar
Sei que vai gostar
Quando eu apareço
O comentário é geral
Ele é o bom é o bom demais
Ter muitas garotas pra mim é normal
Ele é o bom entre os dez mais
Carlos Imperial
Entre o não e o iê-iê-iê, surgiu o muito pelo contrário. Inspirados pela Antropofagia Cultural do poeta Oswald de Andrade, os artiistas da Tropicália entendiam que não havia problema algum em se incorporarem guitarras e ritmos estrangeiros à música brasileira desde que se despejasse tudo em um caldeirão de cultura em que essas influências fossem devoradas e misturada à arte brasileira em uma grande geléia geral.
TROPICÁLIA
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro um monumento
No planalto Central do país
Viva a bossa sa as
Viva a palhoça ç aça ça...
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata o luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta
Estende a mão
Viva a mata ta ta
Viva a mulata ta ta ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira
Entre os girassóis...
Viva Maria ia ia
Viva a Bahia ia ia ia...
No pulso esquerdo o bang bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança a um sambe de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhoer
Ele põe os olhos grandes sobre mim
Viva Ipanema ma ma ma...
Domigo é o fino-da-bossa
segunda-feira está na fossa
terça-feira vai a roça
porém, o monumento
é bem moderno
não disse nada domodelo do meu terno
que tudo mais vá pro inferno meu bem
que tudo mais vá pro inferno meu bem
viva a banda da da
Carmem Miranda da da da da
Caetano Veloso
O regime militar se acirrou muito depois do AI-5, em dezembro de 1968. Muitos brasileiros foram presos, torturados, mortos e exilados. Em exílio voluntário no início dos anos 70, Chico Buarque rompeu com a imagem de bom moço. De volta ao Brasil, especializou-se na arte de dobrar a censura. Em parceria com Francis Hime, em 1976, compôs esta homenagem ao dramaturgo e amigo Augusto Boal, exilado involuntariamente em Portugal.
MEU CARO AMIGO
Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, que também, sem cachaça
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta
É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai levando só de birra só de sarro
E a gent vai fumando que ,também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui ta preta
Muita careta pra engolir a transação
E a gente ta engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão
Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correi andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remete
Notícias frescas nesse disco
Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock in roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero lhe dizer que a coisa aqui ta preta
A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus
Chico Buarque/Francis Hime
Com a anistia os presos e exilados políticos e o pluripartidarismo, o Brasil dos anos 80 marca o fim do regime militar e a luta pelas eleições direta. A trilha sonora que vai cantar esse príodo da chamada Nova República é o pop-rock nacional. Compositores que cresceram durante a ditadura militar passam a gozar de uma liberdade de expressão e não economizam preocupações políticas em suas letras. Essa “Geração coca-cola”, o BRrock, ganhou o mercado fonográfico nacional. Roqueiro brasileiro deixou de ter cara de bandido e redimiu a guitarra
BRASIL
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascr
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito é uma navalha
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
Não me convidaram pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de eu nascr
Não me sortearam
A garota do “fantástico”
Não me subornaram
Será que o meu fim
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer sim, sim
Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(não vou te trair)
Cazuza/Jorge Israel/Nilo Romero
Na última década do século, o brasileiro foi às ruas exigir o impeachment de Fernando Collor e elegeu duas vezes Fernando Henrique Cardoso. A relação entre FHC e Chico Buarque é muito antiga. O presidente fora aluno do pai do compositor, Chico por sua vez, apoiou as candidaturas de Fernando Henrique ao senado em 1978 e à prefeitura de São Paulo em 1985. já presidente pela segunda vez, em entrevista a uma publicação portuguesa sobre cultura lusófona, Fernando Henrique enalteceu Caetano Veloso, que o apoiara publicamente em 94 e depreciou Chico Buarque, que apoiara Lula em 94 e 98. Embora Chico negue, como sempre, este samba pode ser lido como uma resposta à injúria do presidente.
INJURIADO
Se eu só lhe fizesse o bem
Talvez fosse um vício a mais
Você me teria desprezo por fim
Porém não fui tão imprudente
E agora não há francamente
Motivo pra você me injuriar assim
Dinheiro não lhe emprestei
Favores nunca lhe fiz
Não alimentei o seu gênio ruim
Você nada está me devendo
Por isso meu bem, não entendo
Porque anda agora falando de mim
Dinheiro não lhe emprestei...
Chico Buarque
No final do século XX, ganha extrema importância a informática, com a popularização do PC (computador pessoal) e da rede mundial de computadores, a Internet. A reboque, entram no vocabulário brasileiro uma série de estrangeirismos, notadamente os de língua inglesa, satirizados nesta canção de Zeca Baleiro, representante de uma nova geração de herdeiros da nossa tradição trovadoresca.
SAMBA DO APPROACH
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lanche
Eu ando de ferry boat
Eu tenho savoir-fair
Meu temperamento é light
Minha casa é high tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
Fica ligada no link
Que eu vou confessar my love
Depois do décimo drink
Só um bom e velho Engov
Eu tirei meu Green Card
E fui pra Miami Beach
Posso não ser pop star
Mas já sou um noveau rich
Eu tenho sex-appeal
Saca só meu background
Veloz com Damon Hill
Tenaz com Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Posso jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite drag queen
Zeca Baleiro
A globalização é um tema que toma conta do debate no final do século XX e começo do XXI. A interligação instantânea e a integração comercial e cultural dos mais longínquos rincões do planeta geram inclusão por um lado e a exclusão de milhões de seres humanos em países pobres, por outro. Em termos nacionais, a grande questão que se coloca ao Brasil é que tipo de inserção nos mercados globais o aguarda: uma inserção soberana e justa ou uma inserção subserviente e colonizada?
PARABOLICAMARÁ
Antes mundo era pequeno
Porque terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena Parabolicamará
Ê, volta do mundo, camará
Ê-ê, mundo dá volta, camará
Antes longe era distante
Perto só quando dava
Quando muito ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos monte, den de casa, camará
De jangada leva uma eternidade
De saveiro leva uma encarnação
Pela onda luminosa
Leva o tempo de um raio
Tempo que levava Rosa
Pra aprumar o balaio
Quando sentia que o balaio ia escorregar
Esse tempo nunca passa
Não é de ontem nem de hoje
Mora no som da cabeça
Nem ta preso nem foge
No instante que tange o berimbau, meu camará
De jangada leva uma eternidade,
De saveiro leva uma encarnação
De avuão, o tempo de uma saudade
Esse tempo não tem rédea
Vem nas asas do vento
O momento da tragédia
Chico, Ferreira e Bento
Só souberam na hora do destino apresentar
Big Brother Brasil
Recebi este texto por e-mail de uma pessoa muito querida, estudante de doutorado do curso de pós-graduação em Agricultura Tropical da UFMT e achei interessante compartilhar.
Solicitei aos meus alunos do 3º Ano (Turno Matutino) que postassem comentários a respeito, se possível fazendo comparções com o texto posterior publicado neste blog e intitulado "Troque 1 parlamentar por 344 professores.
A meu ver os dois textos mostram uma situação de decadência da educação e da cultura no Brasil, entretanto um projeto de educação sustentado em novos modelos talvez seja um dos caminhos, aposto nisso.
BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.
Solicitei aos meus alunos do 3º Ano (Turno Matutino) que postassem comentários a respeito, se possível fazendo comparções com o texto posterior publicado neste blog e intitulado "Troque 1 parlamentar por 344 professores.
A meu ver os dois textos mostram uma situação de decadência da educação e da cultura no Brasil, entretanto um projeto de educação sustentado em novos modelos talvez seja um dos caminhos, aposto nisso.
BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ler a Bíblia, orar, meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
Um abismo chama outro abismo.
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